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  • Foto do escritorMoira Valvassori

Alô alô gamers!

Olá! O assunto do post de hoje deu um trabalhão!

Pelo título, você já deve estar pensando: é sobre jogos! Ou qual é o game?

Pois bem, falar sobre os jogos eletrônicos é um tema mais que atual no cotidiano daqueles que curtem!

Recentemente, fiz a leitura de um artigo chamado: "Jogos eletrônicos, psicodrama e imaginação", publicado neste ano de 2020 e de autoria da psicóloga e psicodramatista Andrea Raquel Martins Corrêa.


Logo de cara me vejo diante de um ponto crucial: os jogadores não apenas jogam, não se trata de uma perda de tempo, eles criam e... criam muito! E mesmo os personagens não sendo deste mundo, eles ao mesmo tempo o são! Explico: os personagem escolhidos, selecionados e elaborados através da imaginação, tem a ver (em muito!) com o criador!

"Palmas para mim, todo mundo sabe disso..." porém, o que me interessa para envolver o tema com a psicologia é fazer saber: qual é o sentido de jogar e criar?

Ora, está em dizer, quando jogamos, já criamos, estamos criando e iremos criar mais...


Nesse sentido, nos atentemos aos personagens, em especial, aos papéis desempenhados pelo jogador enquanto joga. Corrêa (2020) fala sobre os papéis: social e virtual durante a execução dos jogos. No primeiro, se faz referência às relações da vida, com proximidade do real, onde há contato e conhecimento prévio do jogador com outros jogadores, além da interação (Exemplo: jogar futebol na rua de casa). No segundo, trata-se de um papel visto como complemento do social e que não se reduz a isso, pois pode vir a se tornar social. Uso outro exemplo: quando fazemos amigos jogando online e passamos a nos comunicar com eles virtualmente no jogo e fora dele. Possivelmente, até nos encontramos algum dia.

Ou seja, ao meu entender, tais papéis apresentados se mesclam no jogo!


Falando em papéis, o que o psicodrama tem a ver com isso? Muito. Essa abordagem de pensamento psicoterapêutica nos auxilia a visualizar e a compreender os papéis desempenhados por nós e daqueles presentes ao nosso redor! Moreno (1889-1974), criador do psicodrama, se refere sobre os papéis quanto à sua tomada, à experimentação (role-taking); ao jogar, interagir e desempenhar papéis (role-playing) e; por fim, quanto a capacidade de criar sob os papéis (role-creating).

Aqui, mais especificamente, enquanto o jogador joga, brinca ou para alguns, "passa o tempo", estamos nos abrindo para tais referências morenianas, ou seja: entramos em contato, experimentamos e podemos criar através dos personagens feitos por nós.

E claro que a atuação dos jogadores também se dá, em parte, conforme as regras e limites do jogo, sob seus objetivos, fases, entre outros. O que ora nos decepciona e ora nos fascina! O que intento dizer é: jogar vem a ser um canal duplo! De constante imersão e criação.


Como reflexão, penso nas seguintes situações: observar uma criança que "joga muito", pode estar associado ao seu desejo de vencer no jogo e logo, ao seu desejo de querer vencer na vida. Assim como, em outra situação, em vista de um ambiente pouco reforçador, sendo ele em qualquer âmbito: social, familiar, escolar, afetivo, entre outros na vida de uma criança, o jogo pode vir a inverter essa lógica através da imaginação, a auxilia, pois dispõe de um ambiente (virtual) em que se pode ganhar!


Concluindo, retomo o ponto que considerei importante lá em cima, penso que temos de entender que jogar se mostra como linguagem, uma comunicação daquele que joga. Sendo as crianças, adolescentes, adultos, quem curtir.

Portanto, se trata do canal de comunicação do terapeuta e paciente. Vocês já pensaram nisso?

Concluo meus pensamentos como uma total leiga no quesito "jogos", esse texto me traz muitas outras questões para além das apresentadas!


RAQUEL MARTINS CORRÊA, A. Video-games, psychodrama and imagination. Revista Brasileira de Psicodrama, v. 21, n. 2, p. 93-103, 16 Jan. 2020.

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